Prancha 1
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O projeto para o Plano de
Urbanização do Subsetor A1 no perímetro da Operação Urbana Consorciada Água
Branca na Zona Oeste do Município de São Paulo apresenta-se como uma
oportunidade e, ao mesmo tempo, como um desafio no contexto das metrópoles
emergentes contemporâneas.
Oportunidade de contribuir para
uma efetivação da cidade densa, compacta e inclusiva, e também à uma
atualização do conceito Unidade de
Vizinhança: a constituição de um bairro multifuncional, dotado de
infraestrutura e serviços públicos, articulado com o tecido maior da cidade.
Desafio, pois surgem questões: como organizar formalmente o espaço
coletivo – espaço político por excelência, de modo que sua forma propicie
um sentido de pertencimento, os exercícios de cidadania? Como maximizar a apropriação,
e otimizar a utilização e manutenção dos espaços de uso comum?
Prancha 2
O
projeto parte do conceito de “modernismo
reverso”: a cidade como agenciamento
de ruas e edifícios. Não o desenho do edifício isolado, mas sim em função
do traçado viário – a rua modela o edifício e, inversamente, o plano da fachada
determina a quadra da rua – o edifício conforma a rua.
Prancha 3
Serão consideradas três escalas de planejamento estratégico
e políticas públicas urbanas para efeito de projeto e planificação. Primeiro,
uma escala macro, de estruturação
metropolitana, conforme evidenciados no Arco do Futuro, Arco Tietê e Plano
Diretor Estratégico – PDE 2014. Segundo, uma escala intermediária, do projeto urbano propriamente, onde o
desenho do bairro pretende traçar uma investigação sobre gabaritos e
densidades, considerando duas tipologias de ocupação básicas: Torres e bandas. Terceiro, uma microescala,
local, do pedestre e do espaço útil, da pessoa qualquer que transita e
utiliza os espaços morfologicamente perceptíveis, e que implica o desenho de arquitetura.
Prancha 4
O projeto pretende configurar-se
como uma experiência de investigação enquanto Área de Estruturação Local – AEL, conforme definição do (Figura 3).
Nesse sentido, as linhas mestras são
traçadas a partir de algumas premissas (Figura 4). Primeiro, pela transversal dos eixos arteriais de
transporte coletivo; conexão e continuação entre parques lineares, formando
uma rede ambiental de vegetação e massas
arbóreas. Segundo, pelo aproveitamento desses corredores enquanto vias de fruição pública, com potencial
econômico para comércios e serviços: a feira popular. Terceiro, assumindo o
cenário de reafloramento do Córrego
Ponte Preta como eixo ordenador da AEL e norteador de espaço público
especificado no binômio praça-parque. Quarto, a desembocadura do córrego para o
rio Tietê, passando pela marginal, como praça
d’água, leito alagável, ora praça molhada, ora praça seca. Quinto,
considerando o renascimento do rio Tietê,
não como uma alternativa, pois não há escolha, mas sim como uma necessidade,
pois hoje, tido como coletor tronco de esgoto, tudo o que resta para o rio é
renascer.
Prancha 5
Todo grande rio é a multiplicidade de seus rios menores –
ramificações e capilaridades, as próprias veias do ambiente sobre o qual a
cidade se assenta. E é ai que reside o
grande potencial de reconfiguração e reestruturação da cidade, não do seu
aspecto transitório de construções que não duram mais que 200 anos, mas sim da
sua identidade perene como parte de
um sistema ecológico, que tem sua razão de ser numa escala infinitamente maior
e mais profunda que a das superficialidades do cotidiano corrido das cidades.
É nesse sentido que se coloca a hipótese temporal de projeto, na
variação das escalas de tempo – histórico, biológico, vital, bem como na incerteza do futuro. Essa variação
provoca uma problemática, na medida em que um projeto reivindica uma equação do
tipo tempo presumido – consecução da obra. Definiu-se então um parâmetro, do intervalo, variação de
tempo ou DELTA T – Δt, como ordenador do desenho de projeto. De modo que foram definidos dois cenários de gabarito e densidade: mínimo, estimado no programa de
necessidades de concurso, dividido em duas fases, e máximo, em termos de definição de um limite, além do qual as
características ditas positivas da cidade compacta se perdem, e criam um limiar
de saturação e deformação quanto às densidades de povoamento que deveriam ser
evitadas.
No caso do cenário máximo, esse também será considerado com o incremento radical
que um melhor aproveitamento dos
recursos hídricos implicará na qualidade de uma paisagem ambiental na qual
os cursos d’água atuem não mais como fundo invisível ou negação, mas como
frentes urbanas, onde os níveis de saneamento sejam satisfatórios, ocasionando
uma recomposição mínima de sua fauna aquática, e onde toda uma navegação e um sistema
de transportes hidroviários sejam possíveis.
PROGRAMA DO PROJETO
Nível térreo: malha de espaços públicos – esquinas, pátios, galerias,
boulevards
Setor Leste: parque, passarela, praça d’água, marquise, cavidades e
mobiliário urbano; edifício core and Shell CGMI-CET.
Setor Norte: CEU, UBS, HIS, Faixa de Proteção Permanente e eixo de
conexão com o Córrego Água Branca.
Setor Sul: Base de comércios e serviços; (bloco de estacionamento);
HIS torres e bandas.
Equipe: Heraldo
Ferreira Borges, Flavia Botechia, Luciano
Albamonte da Silva, Thiago Vidal Pelakauskas
Colaboraração: Guilherme Castro, Ju Okuda, Beatriz Rocha
Consultoria em Mobilidade: Angelica Benatti Alvim
Consultoria em Infraestruturas e Geotecnia: Luiz Gonzaga Da Silva
Colaboraração: Guilherme Castro, Ju Okuda, Beatriz Rocha
Consultoria em Mobilidade: Angelica Benatti Alvim
Consultoria em Infraestruturas e Geotecnia: Luiz Gonzaga Da Silva